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Esse monstro chegou quase a governar o mundo! Os povos o apagaram, mas não sejamos afoitos em cantar vitória: o ventre que o gerou ainda é fecundo
ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo: Parte 3 (Totalitarismo). São Paulo: Cia das Letras.
BAKER, Milena Gordon. Criminalização do Holocausto no Direito Penal Brasileiro. Londrina: Thoth Editora, 2020.
BANKIER, David. La Shoá y los genocidios del siglo XX. Buenos Aires: Nuestra memória, número 20, out.2002. Disponível em: https://museodelholocausto.org.ar/private/pdf/nuestra-memoria/nuestra-memoria-20.pdf
BAUER, Yehuda. Reflexiones sobre el Holocausto. Jersusalém: EDZ Nativ Ediciones, 2013.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
CALDEIRA NETO, Odilon. Memória e justiça: o negacionismo e a falsificação da história. Londrina, Antíteses, v.2, n.4, 2009.
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. Holocausto – crime contra a humanidade. São Paulo: Ática, 2010.
DUARTE, André. O pensamento à sombra da ruptura: política e filosofia no pensamento de Hannah Arendt. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
GUTMAN, Israel. Holocausto y Memoria. Jerusalem: Yad Vashem, 2003.
JESUS, Carlos Gustavo Nóbrega de. Anti-semitismo e nacionalismo, negacionismo e memória. Revisão Editora e as estratégias da intolerância (1987 – 2003). São Paulo: UNESP, 2007.
KOONZ, Claudia. Mothers in the fatherland: Women, the family and Nazi politics. Routledge, 2013.
LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo: Cia das Letras.
LOWER, Wendy. As mulheres do nazismo. Tradução de Ângela Lobo. Rocco, 2014.
NOGUEIRA MARTÍNEZ, Francisco Luis: Los diferentes papeles de la mujer Alemana durante el Tercer Reich. Madrid: Universidade Autónoma de Madrid. TFM 2011/2012 Máster en estudios interdisciplinares de género. 2016.
REISS, Carlos. Luz sobre o caos: educação e memória do Holocausto. Rio de Janeiro: Imprimatur, 2018.
REISS, Carlos. Entre as sombras e os sóis: a história de Sarah Borowiak. São Paulo: Editora Folhas de Relva Edições, 2022.
SCHLINK, Bernhard. O Leitor. 14. ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.
SCHURSTER, KARL; REISS, Carlos; FALAVINHA Luzilete (Orgs.). Novos Estudos sobre o Holocausto: Historiografia, Memória, Gênero e Ensino. Recife: EDUPE, 2022.
SULEIMAN, Susan. Crises de memória e a Segunda Guerra Mundial. Belo Horizonte: UFMG, 2019.
Instituto Berliner conversou com Carlos Reiss, coordenador-geral do Museu do Holocausto de Curitiba. Com intérprete de Libras, Wagner Silva Machado
DESCRIÇÂO DO CURSO:
O Holocausto não é um fenômeno descolado da realidade de hoje, especialmente porque muitos dos seus fatores, como o discurso de ódio, a violência e racismo extremos, ainda não foram extintos. Na tentativa de extinguir esses fatores e conter processos semelhantes, construímos inúmeras redes e instrumentos de contenção, como o caso do sistema de Direitos Humanos.
Mas quais foram, e quais são, atualmente, as possíveis respostas dos Direitos Humanos a processos que tendem a repetir os mesmos problemas que se encontravam na base do genocídio nazista? E o que podemos compreender e extrair da experiência do Holocausto para possibilitar o enfrentamento das violações de Direitos Humanos e das inúmeras formas de racismo, ódio e intolerância na atualidade?
Dentro do escopo de proporcionar um olhar critico e reflexivo a todas e todos interessado(a)s no tema, o Instituto Berliner reuniu um grupo de professores e pesquisadores para aprofundar e debater essas questões.
SOBRE AS AULAS:
A aula introdutória é ministrada pelo Coordenador-Geral do Museu do Holocausto de Curitiba, Carlos Reiss, que busca responder e debater o que fez do Holocausto (e de seu enfrentamento) um marco histórico do desenvolvimento das normas e princípios de Direitos Humanos, e qual a importância da memória da Shoá para o combate às violações desses direitos?
Em seguida, na segunda aula, o especialista em Genocídio e Direitos Humanos, professor Doutor Flávio de Leão Bastos Pereira, analisa os julgamentos ocorridos por ocasião do Holocausto, como os julgamentos realizados em Nürnberg, Dachau e Frankfurt, abordando a importância da Justiça de Transição e problematizando se e como ela pode servir de instrumento para a prevenção a genocídios e para conter as variadas formas de negacionismo.
A negação do Holocausto se tornou um dos mais perigosos e perversos discursos de ódio da atualidade. Os efeitos desse negacionismo, especialmente para os Direitos Humanos, são abordados na terceira da aula do curso, pela professora doutora Milena Gordon Baker, autora da obra "Criminalização da Negação do Holocausto no Direito Penal Brasileiro". Ela aborda o crescimento desse discurso, inclusive na Internet, e a sua agenda politica que se direciona ao fortalecemento do antissemitismo e restabelecimento do nacional-socialismo.
Seria, ademais, insuficiente tratar da relação entre Holocausto e Direitos Humanos sem trazer as abordagens de Hannah Arendt, cientista politica que vivenciou a formação do regime nazista e desenvolveu uma obra de onde podemos extrair noções de cidadania e de direitos humanos desenvolvidas a partir de uma percepção crítica dos problemas intrínsecos às políticas excludentes dos Estados Totalitários. Convidamos, para aprofundar o debate e superar alguns sensos comuns a respeito das obras da autora, a professora Ludmila Franca-Lipke, que trata da questão na aula "a questão dos direitos humanos no mundo pós-totalitário”, a partir de Arendt.
Por fim, a professora doutora em Direito do Trabalho e estudiosa da relação entre gênero e Direito, Patrícia Tuma Bertolin, e o professor e advogado trabalhista Murilo Magacho Filho propõem um debate sobre o trabalho da chamada "mulher ariana" na prática discursiva do nacional-socialismo, discurso que delimitou o lugar e papel da mulher como exclusivos à casa e ao espaço da família, por uma ideia específica de "libertação feminina" que tentou substituir a noção moderna de emancipação baseada nos "direitos iguais" (Gleichberechtigung) pela noção de "equivalência" entre homens e mulheres (Gleichstellung).
Espera-se que essas abordagens, que atravessam diversas áreas de conhecimento, possam nos servir como norte para, além de lembrar do Holocausto para não o esquecer e combater sua repetição, eliminar os mesmos fatores que o condicionaram..
Acreditamos que o curso possibilitará que nossos(as) alunos(as) e interessados(as) no tema, além de obter maior conhecimento técnico sobre o assunto, adquiram autonomia e competência reflexiva para se colocarem socialmente como sujeitos ativos no enfrentamento às violações de nossos direitos humanos.
CERTIFICADO
Emitiremos um certificado (carga horária do curso: 8 horas), para quem completar pelo menos 3 aulas.
Coordenador-Geral do Museu do Holocausto de Curitiba
Egresso da Escola Internacional do Yad Vashem, em Jerusalém, e da Fundación Bamá, em Buenos Aires.
Membro da delegação brasileira da International Holocaust Remembrance Alliance (IHRA)..
Educador e autor dos livros “Luz sobre o Caos: Educação e Memória do Holocausto” e “Entre as Sombras e os Sóis: a história de Sala Borowiak”.
Docente convidado para o curso livre "Holocausto e Direitos Humanos".
Doutora e Mestre em Direito Penal pela PUC de São Paulo
Especialista em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade de Salamanca.
Curso de extensão em Harvard – Holocausto na História, Literatura e Filme, e em Direito Penal na Universidade de Gottingen, Alemanha.
Advogada, palestrante e ativista.
Autora dos livros: "Criminalização da negação Holocausto no Direito Penal Brasileiro" e "A Tutela da Mulher no Direito Penal Brasileiro".
Docente convidada para o curso livre "Holocausto e Direitos Humanos".
Professor de Direitos Humanos no Mackenzie e Professor Visitante da Univ. Tecnológica de Nürnberg
Pós-doutorado em Direitos Humanos e Tecnologias (Mediterranea Reggio Calabria International Centre For Human Rights Research).
Especialista em Genocídio e Direitos Humanos pela Universidade de Toronto (Canadá), Instituto Zoryan.
Coordenador do Núcleo da Memória da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP
Professor Visitante na Faculdade de Serviço Social da Technische Hochschule Nürnberg Georg Simon Ohm - Universidade Tecnológica de Nuremberg (Alemanha) e da Universidade de Ciências Sociais Aplicadas de Linz (Áustria).
Docente convidado para o curso livre "Holocausto e Direitos Humanos".
Doutoranda em Ciência Política na Universidade Livre de Berlim
Mestre em Direito pela Universidade Federal da Bahia.
Doutoranda em Ciência Política na Universidade Livre de Berlim, com bolsa do Programa CAPES/DAAD.
Realizadora de diversos trabalhos e pesquisas sobre Hannah Arendt, incluindo uma traduçao, para português, de entrevista de Arendt com Günter Gaus: "O que fica é a língua materna - Hannah Arendt (1964)"-Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PG8BYwv9IBQ&t=1878s
Docente convidada para o curso livre "Holocausto e Direitos Humanos".
Professora da Pós-Graduação em Direito Político e Econômico do Mackenzie
Professora de Direito do Trabalho e da Pós-Graduação em Direito Político e Econômico do Mackenzie.
Doutora em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo.
Pós-doutorado pela Superintendência de Educação e Pesquisa da Fundação Carlos Chagas.
Líder do grupo de pesquisa “Mulher, Sociedade e Direitos Humanos” (CNPq - Mackenzie).
Docente convidada para o curso livre "Holocausto e Direitos Humanos".
Coordenador do Curso
Professor e coordenador de cursos livres, pesquisa e eventos do Instituto Berliner.
Advogado trabalhista em São Paulo
Mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.